domingo, 23 de fevereiro de 2014

POR QUE CASAMENTOS DÃO CERTO E OUTROS NÃO?

POR QUE CASAMENTOS DÃO CERTO E OUTROS NÃO?

Muitas pessoas acham que casamento é igual loteria. Alguns acertam e muitos outros não. Não há uma regra de êxito na vida conjugal.
. A verdade é exatamente o contrário. Casamento é fruto de investimento pessoal, de trabalho, de vontade de dar certo. Não é aventura, não é programa com adrenalina, quando você fica a cada dia se perguntando o que vai acontecer.  Tudo começa com um compromisso. O casamento é um compromisso de várias facetas: 1) um compromisso com Deus – diante de Deus eu afirmo o meu propósito de lutar para ter o melhor casamento possível. 2) um compromisso com o cônjuge – eu prometo à pessoa que coloco ao meu lado que vou lutar para que tudo dê certo, mesmo que tenha de abrir mão de muitas coisas, de “engolir sapos”, recalcar temporariamente as minhas razões. 3) um compromisso comigo mesmo – pois eu dependo do sucesso desta união para ser feliz, e tenho sob minha responsabilidade o fazer a felicidade da pessoa amada. 4) um compromisso legal – ser feliz no casamento, fazê-lo dar certo, não depende do papel assinado no cartório, mas passa por ele, pois com a proteção da lei eu dou tranquilidade ao cônjuge, aos filhos desta
Às vezes o casamento não se desfaz, mas depois de anos e anos de convivência ele está no mesmo estágio dos primeiros dias. Não houve crescimento dos cônjuges, não houve adaptação, não houve mudanças. Um dos erros mais frequentes é querer que o outro se adapte a nós. Esperam que o cônjuge venha mudar para se “enquadrar”.  Isto acontece porque estas pessoas se colocam no centro do mundo, e todos os demais devem girar em torno deles, de suas necessidades ou o pior de seus sonhos, ou então foram aqueles que durante o namoro e noivado viram os problemas de seu cônjuge e disseram: quando casar eu conserto.  Quando não dá certo, porque é obvio que não vai dar certo, têm uma incrível capacidade de se desculpar e de culpar o mundo. Por isso, são pessoas desajustadas não somente na união conjugal, mas em qualquer esfera de relacionamento.
Em especial, o casamento exige dos cônjuges adaptação, perder algumas coisas, ser enriquecido e enriquecer. Costumo pedir sempre aos noivos quando no aconselhamento pré-nupcial, no último dia, que eles olhem as mãos deles mesmos e me digam o que estão vendo. Normalmente, ninguém consegue responder o que desejo. Então, eu afirmo: eu vejo o futuro de vocês. Construirão com estas mãos, como também poderão destrui-lo. Se não se conscientizarem que depende somente deles e de mais ninguém não chegarão muito longe.  Há gente que procura o pastor para aconselhamento pensando que o pastor poderá resolver o problema.  Ou pede orações, como se oração fosse um passe que exorcizasse a situação, mas nada faz, nada decide. Deus não fará aquilo que você tem que fazer em seu lar. Em outro contexto, o Senhor disse a Paulo: Paulo, duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. Podemos aplicar estas palavras no contexto do lar, para lembrar que há coisas que Deus faz, há coisas que eu preciso fazer, e há coisas que os dois cônjuges precisam fazer para que haja uma mudança significativa no casamento.
Precisamos corrigir alguns equívocos que alguns cometem em seu relacionamento conjugal.
O primeiro é a espiritualização do problema. A pessoa se recusa a enxergar o problema e espiritualiza a questão. Joga a responsabilidade para Deus. “Vamos orar, somos crentes”. Crentes casam tão mal quanto não crentes. Gente bem e mal casada há em todas as religiões. É bom ter uma autoridade espiritual comum sobre os dois, mas isto não garante um casamento bem sucedido. Se assim fosse, as pessoas religiosas seriam pessoas felizes em seus matrimônios. O que acontece é que a pessoa não sabe como agir e diz que entregou a Deus. Deveria ter entregado a Deus antes, no início, antes de dar bem ou mal. Mas o fato é que muitos usam Deus e a visão espiritual como paliativos. Via de regra, a fé é terapêutica. Deveria ser profilática. Em vez de remediar, deveria preparar a pessoa para escolher bem, com valores corretos, posições maduras. Mas muitas pessoas usam Deus como pretexto para o que não sabe fazer. Entrega a Deus ou depende de Deus. É bom depender de Deus, mas é oportuno lembrar que Deus nos deu liberdade, inteligência, sensibilidade, espiritualidade para quebrantar-nos e corrigir-nos. Paremos de ver Deus como aquele que só aparece para quebrar nossos galhos. Felizmente ele os quebra, muitas vezes. Mas seria melhor que não os criássemos. Devíamos ser mais maduros.
O segundo equívoco consiste em presumir que o sucesso de um casamento depende de nível econômico ou cultural. Um casamento bem sucedido não depende de quanto se tem ou de quanto se conhece. Não são as circunstâncias externas que fazem um casamento dar certo. Conheço gente pobre e gente rica tanto feliz quanto infeliz no casamento. E gente semi-analfabeta e gente douta também feliz e infeliz no casamento. “Ah, quem sabe se nossa situação financeira melhorar nós nos entenderemos melhor!” Ledo engano. O problema está no coração de cada um e nas expectativas que cada um levou para o casamento. Não são os outros que farão o seu casamento dar certo e crescer, mas sim vocês dois.
Adaptado.



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